sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Admissão do erro

Não é fácil. Tempos atrás meu ego sempre tomou conta de sempre "me defender" quando, mesmo estando errado, fazer uma reviravolta e fazer com que meu erro se torne o acerto. No entanto tinha esquecido do poder destrutivo que este fenômeno pode ter sobre quem pratica. A vida vai lhe mostrando que somos passíveis de erro, que podem ser causados por simples desatenção, momentos de extrema emoção ou teimosia. Admitir que está errado -estando nesta condição de defesa do ego- é uma dualidade de emoções, uma paradoxo da consciência. Mas o que é paradoxo da consciência? Nada mais do que a batalha dos seus eus internos: um que sempre te leva a fazer o impensável, impulsionado pela emoção e outro que reside num lago de paz e tranquilidade com o ônus da admissão do erro. Já está mais do que na hora, de não só eu, mas toda a humanidade se despreender um pouco da teimosia e começar a dar início a uma nova jornada torta, com pedras e temporais, mas com a consciência leve da permissão para se errar. De aprender constantemente com os erros para nunca mais repetí-los. O universo conspira ao nosso favor a partir do momento que nos tornamos puros, errantes e sábios com o passar do tempo. Aguardo a compreensão e paciência de todos que sofreram com meus erros. Eles foram justificados neste breve texto, assim como suas razões. O mundo é de quem aceita errar...

Andreas

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pegando uma nova folha de papel...


Procurando uma nova forma de escrita, uma versão de mim que nem eu mesma conheço, mas que talvez esteja escondida aqui dentro, procurando uma válvula de escape, um lugar, uma abertura para qual possa fugir dessa realidade fora do comum, uma realidade diferente de antigamente, mas da forma que desejamos durante séculos, em um mundo insano.
Depois de tanto tempo de lutas de vários povos, de conquistas conseguidas através de inúmeras mortes, tudo o que mais quero é fugir disso. É poder pertencer a uma época que já se foi, que eu nem sequer cheguei a viver, mas que eu sinto uma falta enorme. Falta do respeito que existia, do amor de verdade, de quando o sexo era um tabu, das exigências que, de alguma forma, era muito importante, ajudava a contruir uma pessoa.Falta das lutas, porque estou cansada de lidar com pessoas covardes, acomodadas, daquelas que deixam a vida correr, o tempo passar e escapar das suas mãos.
Pegando uma nova folha para tentar construir uma nova história, um tempo novo, com pessoas diferentes, mas buscando o passado.
Essa história é incompreensível até pra mim.

Grazielle Scharenberg